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Fiquei superendividado e agora?

5 alternativas para sair do vermelho.



E agora José? José foi emboooraaaaa….

Todas as vezes que escuto - E agora? - só lembro deste trecho do poema do Carlos Drummond de Andrade, que foi musicado por Paulo Diniz nos anos 70, e minha avó vez por outra cantava quando eu era pequena.


De acordo com várias pesquisas feitas desde o início da pandemia o número de brasileiros que entraram para a lista dos superendividados têm aumentado. As situações que levam a esse tipo de situação financeira são as mais diversas e o crescimento elevado do desemprego nos últimos 6 meses teve grande destaque. Destaque negativo.


Deixar de pagar as contas e/ou contratar empréstimos para poder ter o mínimo de comida dentro de casa e poder sobreviver foram algumas das alternativas encontradas. Entretanto ao chegar em um estado onde as coisas começam a , teoricamente, se normalizar a pessoa se dá conta do quanto tem a pagar pela frente.


São contas atrasadas e com juros aumentando todos os dias, são as parcelas dos empréstimos sendo cobradas e serão por alguns anos, fora as despesas normais da casa que têm que ser pagas todos os meses. Como dar conta de uma montanha de dívida se o dinheiro ou acabou ou diminuiu?


A primeira solução é a negociação. As empresas, o governo e o judiciário tem levado em consideração esse período de pandemia em consideração na hora de exigir os pagamentos. Ninguém esperava que um vírus fosse parar a economia mundial dessa forma. Alguns órgãos e institutos de proteção ao consumidor - Procon e Tribunal do Consumidor (TDC) - tem feito contato com consumidores no intuito de promover a negociação, muita das vezes com desconto, de dívidas. Negociar é uma ótima forma de resolver pendências de maneira rápida.


Caso não haja acordo sempre temos o judiciário para recorrer. Neste caso é sempre bom lembrar que não há resultado certo e garantido, o resultado final pode demorar, e muito a depender do caso, e no final ainda pode existir a possibilidade de se ter mais uma dívida que é o pagamento das custas do processo.


Para aqueles que estão endividados em razão de empréstimo/financiamento uma outra saída é a portabilidade bancária. Você pode encontrar outro banco com taxas de juros e forma de pagamento melhores do que as que está pagando hoje. Pesquise bem para saber se vale a pena. Existem casos onde a diminuição da dívida é considerável. Com a facilidade de pesquisa da internet não é nem preciso sair de casa para solicitar uma simulação caso você quisesse mudar de banco.

Nossa quarta solução é criar fontes de renda. Sei que isso você já deve ter ouvido mais de mil vezes e respondido que não tem conseguido emprego, que não tem qualificação, que não sabe fazer nada em especial… Esse é o momento de se reinventar! O que não faltam são cursos gratuitos na internet nas mais diversas áreas de interesse. Pense em algo que você gosta de fazer e como pode transformar aquilo em dinheiro. No youtube tem vários vídeos dando dicas de como fazer dinheiro.


A quinta e última dica é economizar. Parece meio óbvio, e é,mas não é fácil. Tirando aqueles são naturalmente mão fechadas para, quase, tudo e os que tiveram educação financeira desde de pequenos, reservar um valor para emergências não tão simples assim. Vários motivos levam ao descontrole financeiro e se educar a fazer uma poupança não vem naturalmente em muito dos casos. Uma grande dica que a Nathalia Arcuri dá é separar envelopes com o nome das despesas. Água, luz, telefone, feira, plano de saúde e poupança! Ao definir o quanto vai ser destinado para o último envelope você começa a criar o hábito de poupar. É com um bom volume de dinheiro que se conseguem os maiores descontos em dívidas.


Para finalizar nosso texto trazemos algumas dicas para prevenir, ou diminuir, os impactos relacionados ao superendividamento, seja em quarentena ou não. São elas:

● Não gaste mais do que você ganha.

● Tenha cuidado com o crédito fácil: desconfie. SEMPRE!

● Exija a informação clara e adequada sobre a taxa de juros mensal e anual. Peça uma projeção do valor final que será pago depois de todos esses acréscimos.

● Não assuma dívida sem antes refletir e conversar com sua família. Avalie se está de acordo com sua renda.

● Leia o contrato e esclareça todas as suas dúvidas. Não tenha vergonha de fazer várias perguntas (e perguntar várias vezes a mesma coisa até entender). É seu DIREITO.

● Compare as taxas de juros e os valores totais dos concorrentes.


Ficar admirando um problema não vai fazê-lo sumir. Vamos focar na solução!




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