Dificuldade de Crédito? A Restrição Interna do Banco Pode Ser a Causa!

Louise Pires
27 de jun.
2 min de leitura

Se você quitou suas dívidas, limpou seu nome no SPC/Serasa, mas ainda encontra portas fechadas ao tentar um novo empréstimo, financiamento ou cartão de crédito, pode estar diante de um problema pouco conhecido: a restrição interna dos bancos.

O que é a Restrição Interna?

É um registro sigiloso que as próprias instituições financeiras mantêm sobre clientes que, em algum momento, tiveram histórico de inadimplência.

Mesmo após o pagamento da dívida – seja à vista ou por acordo –, seu nome pode permanecer em uma espécie de "lista negra" interna daquele banco. Ao contrário dos cadastros públicos, como SPC e Serasa, essa informação não é divulgada.

Por Que Isso Acontece?

Bancos alegam ter liberdade para conceder ou negar crédito com base em suas políticas de risco. No entanto, o Judiciário e o Código de Defesa do Consumidor (CDC) entendem que manter uma "punição" perpétua, sem transparência, é ilegal e abusivo. A falta de informação sobre essa restrição viola seu direito à clareza sobre seus dados.

Como a Restrição Interna Prejudica Você?

O impacto é grande:

Negativa de Crédito: Dificuldade em conseguir novos produtos financeiros na mesma instituição ou até em outras, caso haja compartilhamento de dados.
Prejuízos: Se você depende de crédito para sua vida pessoal ou profissional, essa restrição pode causar sérios danos.

O Que Fazer Para Resolver?

Primeiro Contato: Tente resolver diretamente com o banco. Peça explicações detalhadas sobre a negativa e apresente todos os comprovantes de quitação.
Ouvidoria e Banco Central: Se não houver solução, acione a ouvidoria do banco. Consulte também o Registrato do Banco Central (Sistema de Informações de Crédito - SCR), que mostra suas operações de crédito e pode dar pistas sobre o motivo da recusa.
Ajuda Especializada: Se persistir a dificuldade e você sentir que está sendo prejudicado, procure um advogado especializado em direito bancário e do consumidor. Muitos tribunais têm sido favoráveis aos consumidores nesses casos, exigindo a remoção da restrição e, em algumas situações, concedendo indenização por danos morais.