Ligações dia e noite, carta de cobrança, visitas na sua casa, cobranças enviadas para parentes… Até onde uma empresa pode ir parar conseguir o pagamento de uma dívida?
O que pode ser feito? Vale tudo para ter um pagamento garantido? Devo não nego, pago quando puder. Você já ouviu esse ditado? A impressão que sempre tive quando escuto este ditado é de que o devedor não parece estar muito preocupado com a quitação do débito.
Neste sentido as empresas podem ter a mesma leitura e por isso precisam se certificar que estão fazendo todo o possível para receber o que é seu de direito. Já conhecemos as famosas ligações de cobrança, aquelas empresas que são contratadas para fazerem mil e uma ligações por dia e para saber “ quando o senhor vai poder estar realizando o pagamento?” Mas existem limites? Ou está tudo liberado?
Tivemos um caso onde um banco ligou para o devedor, ligou para a esposa, enviou mensagens de texto, ligou para um tio, ligou para uma conhecida do devedor, e eu me pergunto como foi que o banco descobriu a ligação dessas pessoas- o tio e a conhecida- ?? Será que estão colocando detetives por ai? E por último ligações para o local de trabalho.
Não aguentando mais a humilhação, o consumidor foi até o judiciário pedir tanto que parassem as cobranças abusivas, quanto uma indenização por todo o transtorno causado. A juíza do caso condenou o banco a 10 mil reais de indenização. Ou seja, ela entendeu que, apesar do direito do credor em cobrar, esse mesmo direito não pode ultrapassar a dignidade da pessoa.
Por esse motivo, caso você ou alguém que você conheça esteja passando por essa mesma situação é possível solicitar que a justiça obrigue o fim desse tipo de assédio e ainda pode pedir também uma indenização por todo estresse vivido.
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